Okinawan Goshin Ryu Kempo

O Goshin Ryu Kempo é uma das mais velhas formas de luta (Kobujutsu) de Okinawan. Em 1710 o estilo recebeu uma das suas maiores influencias, por três grandes mestres: Tode Sakugawa (um comerciante), Kwang Shang Fu (um monge) e Shion Daí. E da junção de seus nomes se obteve o nome KoShionKa, que mais tarde deu a origem ao atual nome do estilo: Goshin Ryu.

Conforme a personalidade dos primeiros alunos que viraram mestres, ou o lugar onde era ensinado, o estilo original KoShinKa deu origem a vários outros estilos, que receberam diferentes nomes. O mestre Gusukung desenvolveu dele o estilo Tamari-Te, que deu origem ao Uechi Ryu. Os mestres Sakiyama, Gushi e Tomoyori desenvolveram dele o Naha-Te, que deu origem ao Shito Ryu e ao Shorin Ryu. Na cidade de Shurin por volta de 1870 o mestre Sokon Matsumura desenvolveu dele o Schuri-Te gerando o Shrei Ryu e Goju Ryu.

O sistema de Okinawan Goshin Ryu Kempo, que ensino, foi passado do mestre Sensei Takishi Shimoda para seus dois principais alunos: sensei K. Kobayashi e sensei Heinz Köhnen. Em 1997, foi reconhecido ao sensei Heinz Köhnen o titulo de Soke Dai Tamashii Ryu pelos mestres Sensei Shian Toma -10. Dan- (Seidokan de Okinawa) e Sensei Dr. R. Sacharnoski -10.Dan-(Jukokai International).

O sistema do Goshin Ryu é uma junção de várias técnicas de exercícios de respiração, conhecimento dos meridianos e trabalho energético.

O Goshin Ryu Kempo é um sistema de autodefesa, e não de competição. Por isso, você irá encontrar no Goshin ryu técnicas semelhantes em vários outros estilos como no karate kempo, karate Shotokan, Hakkoryu jiu-jitsu, Aikijutsu, Comba judô, Kung Fu, Tui Na, Tai Chi Chuan e Tai Ki Ken, Qui Gong, Kobujutsu e Kenjutsu, e várias técnicas de meditação, além de técnicas de relaxamento iguais a do Yoga e Zen Budismo.

A palavra Goshin significa grande coração ou treino árduo. Go: forte, grande; Shin: corpo, coração.

Por isso o Goshin Ryu Kempo tem como objetivo fortalecer o individuo deixando-o mais autoconfiante, seguro, calmo e tranqüilo. Um corpo forte gera uma mente forte. E se as pessoas estiverem mais autoconfiantes elas andam pela vida com menos medo. E menos medo significa menos stress.

No Tao Te King está escrito: „Quem tem força conquista outros e quem é forte conquista a si mesmo". E é através do treino de artes marciais/bojutsu que o sistema Okinawan Goshin Ryu Kempo tenta ensinar ao aluno (a), a se próprio conquistar. Quem é veramente forte sabe ceder, pois ele não tem que provar que é forte. Quem é grande pode ser generoso, pois tem o suficiente para dar.

 

Kempo, Chi Na (Tuina) e Kobujutsu

treinamos em especial as katas, suas aplicações, postura e técnicas de golpes. Aqui treinamos o corpo fortalecendo-o e fazendo-o flexível. Um corpo forte e flexível gera uma mente forte e flexível.

Nós treinamos os princípios dos movimentos e não decoramos meramente seqüências. A vida não é „pré-feita"; por isso não treinamos padrões „pré-feitos".

No Kempo, treinamos técnicas de autodefesa, controle da impulsividade, determinismo e respeito ao semelhante.

Do jeito como uma pessoa trata o mundo ela trata a si mesma. Um velho ditado diz: „Mostra-me com quem andas e te digo quem tu és". O Kempo nos ensina a respeitar o próximo como queremos que ele nos respeite.

No Kempo, nós treinamos o Okuden, o segredo das técnicas. Nós treinamos Katas. Katas são seqüências de movimentos predeterminados. Kata é a luta contra adversários imaginários. Kata é usada para fortalecer o corpo, treinar golpes, técnicas, equilíbrio e velocidade.

Só que os velhos mestres, ao ensinarem Katas, invertiam movimentos e golpes, para estranhos não descobrirem os segredos de suas técnicas. Muitas vezes, para entender Kata é necessário inverter os seus movimentos. Por isso, muitas técnicas treinadas em Kata não funcionam se forem praticadas conforme o treinamento.

(no Japão é denominado de Tuina) treinamos reconhecer e acertar os pontos vitais e de imobilização nerval e muscular. Nervos e músculos, quando acertados, ficam imobilizados, independente do grau de sensibilidade à dor que a pessoa tenha.

No Kobujutsu:

treinamos o uso das mais variadas formas de armas. Desde um bastão, que nem no arnis, até o uso de uma espada. Uma arma pode ser tudo: um lápis, um garfo, uma enxada, um facão, e assim por diante. Se você for agredido você usa o que tiver e não desiste de se defender só por não ter a arma com a qual está acostumado a treinar.

A palavra Kobujutsu significa na realidade: velhas formas de guerrear. Só que atualmente é usado pela maioria das pessoas como sinônimo de luta armada (o uso das armas tradicionais de Okinawan e Japão).

No kobujutsu treinamos também Kenjutsu do sistema Tenshin-Ryoshinkan kenjutsu. É um sistema oriundo das interações culturais entre a Ilha de Okinawan e a Ilha japonesa Ryukyu.

O treino com armas, especialmente com armas afiadas, aguça o espírito e amostra o quão valioso a vida é e o quão fútil ela pode ser, me ensina a ser mais educado perante o próximo, perante aqueles que estão mais pertos de mim, perante o mundo a minha volta e perante mim mesmo (a).

As katas do Okinawa Goshin Ryu Kempo

As katas aqui mencionadas são as katas exigidas até o 1ºDan. Fora destas katas se treina também uma série de katas do Shotokan e de outros sistemas de Kempo. A diversidade é muito importante para termos várias opções e meios de aprender os ensinamentos que o nosso mestre nos ensina. Muitas vezes uma kata diferente nos ajuda a entender movimentos e técnicas de uma outra kata. Ao treinarmos, o que nunca devemos fazer é nos apegarmos demasiadamente a um determinado sistema e fazer dele um dogma ou ideologia. O mundo é colorido e diversificado demais para existir somente uma solução e uma resposta.

Sanchin I 9 e 8 Kyu

Sanchin II 7 Kyu

Shintai Sho 6 Kyu

Saifa ou Wanshu Sho 5 e 4 Kyu

Chiinto 3 e 2 Kyu

Seiuchin 1 Kyu