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O caminho espiritual do kempo

 

O caminho espiritual do Kempo! O que é caminho espiritual. Será que existe um caminho não espiritual? O que é espiritual?

Antigamente não se fazia essa diferença. Pois todos acreditavam em Deus ou algo superior. A única diferença que se fazia era aqueles que se dedicavam exclusivamente a Deus (os monges) e aqueles que optavam por uma vida mundana. Mas todos eram crentes.

Hoje em dia, com teorias modernas, com influencias moderna, com conceitos que nem ateu e comunista, muitos ou poucos se acreditam não acreditar em Deus ou no Divino. São os racionalistas que de tanta razão se próprio deturpam.

Na Índia existe uma belíssima história:

Eram uma vez um ladrão, seqüestrador e assassino muito temido que vivia nas montanhas. Ele era tão temido, violento e feroz que ninguém se atrevia lutar contra ele. Só que, todos comerciantes tinham que atravessar as montanhas. E lá ele sempre aparecia, seqüestrando, matando e roubando.

Num belo dia monges tinham que atravessar as montanhas, e como todos nós sabemos, eles não possuíam nada de valor. Ao atravessarem a montanha, quem apareceu? O temido ladrão. Ele começou a exigir dinheiro e riquezas, e depois de ter revistados os monges e nada achado, e depois de ter notado que seqüestra-lo de nada adiantaria, de raiva, quis mata-los. Os monges começaram a implorar e falaram que eles tinham uma mantra (formula mágica para meditação) muito poderosa. O ladrão logo queria sabe-la e disse que só iria liberar os monges se lhe fosse dito essa mantra. Os monges falaram: „Ohm shrii Ramayanah". Era a mantra do Deus Rama. Mas como esse ladrão era tão malvado, ele não conseguia repetir a mantra. Ele começou a ficar muito irado e os monges apavorados, começaram a procurar uma solução. Eles não queriam morrer. Até que um teve a idéia. Se o ladrão não conseguisse pronunciar o nome Rama então ele iria tentar com a negação do mesmo: „ARAMA". E assim aconteceu. O ladrão começou a meditar no nome ARAMA, repetindo e repetindo. Anos depois os monges tiveram que passar pelo mesmo local. E quem eles encontraram lá? Um dos maiores sábios da história Indiana.

O nosso subconsciente não é capaz de processar informações negativas. Se eu tentar auto sugerir: „Eu não estou com fome" o subconsciente interpreta; „Eu estou com fome". Isto é um fato comprovado e aceito em qualquer universidade ou faculdade de ensino superior nos USA e Europa e é à base de qualquer terapia psicológica, de combate ao estresse, de preparo de atletas antes de competições, etc, etc, etc. O ladrão ao repetir a negação de RAMA acabou meditando sobre RAMA realizando as virtudes divinas de RAMA em si.

A mesma coisa acontece com aqueles que falam que não acreditam em Deus. Para negar algo, eu tenho que aceitar a possibilidade que esse algo exista, e portanto, eu o aceito. Esse é o problema da dualidade.

O problema não é acreditar ou não em Deus. O problema é que muitos procuram uma razão para justificar sua prepotência e vaidade. A vaidade de que ele(a) está sempre certo(a). Eram os descobridores cristãos que justificavam a escravidão afirmando que os escravos não tinham alma. Erm a inquisição afirmando que as bruxas (todos aqueles que tinham uma outra crença) eram filhas de satanás. São os fundamentalistas dizendo que os Ocidentais não têm ética. São os cientistas que se escondem por traz de sua profissão não querendo se responsabilizar por suas descobertas. É o militar que alega somente ter cumprido ordens. É o racionalista que se esconde atrás de leis e normas só para não ter que aceitar a grandeza da natureza. É o político que usa um determinado sistema só para poder impor seu ponto de vista na maioria (ditadura pode ser tanto religiosa como política).

E aceitar e viver e estar em harmonia com todas as possibilidades deste nosso mundo em que vivemos, se denomina de espiritual. Transcender o apego ao ego, a vaidade, a prepotência, à vontade de ser o meão do mundo, de ser o maior, o mais certo e o mais estimado, a capacidade de aceitar o outro na sua própria individualidade como ser aceito pelo outro na sua própria individualidade, é espiritualidade. E quem aceita e respeita o mundo, a natureza e todas as suas criações, este acredita, conscientemente ou inconscientemente, em Deus.

O problema é que as pessoas ficam brigando pelo nome. Uns denominam de Deus, outros de Consciência Cósmica e outros de Alá. Línguas diferentes, tradições e culturas diferentes, conseqüentemente gera nomes e interpretações diferentes de algo que ninguém é capaz de captar e expressar conscientemente em palavras.