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A história da mágica

Os primeiros mágicos



Apresentações de mágica são tão velhas quanto a civilização humana. O mais velho documento de uma apresentação mágica data 2900 antes de C. no antigo Egito onde o famoso Dedi apareceu perante o rei Cheops. Em sua apresentação Debi decapitou um ganso e depois repôs a sua cabeça de novo. O mesmo ele fez com um pato e uma vaca. O papiros nos conta que Dedi fez tudo isso usando formulas mágicas.


O interessante é notar que Dedi não se apresentou como sacerdote ou heirofante. Ele simplesmente se apresentou como um artista que possui capacidades mágicas.


Da África e do oriente médio a arte de divertir o público com apresentações e ilusões, viajou para Roma e foi levada para os povos bárbaros (o norte da Europa). O documento Europeu mais velho sobre tais artes data o séc 12. O mesmo séc quando começou a perseguição dos não crentes. Até a idade média, muitos artistas (de circo), foram torturados e queimados sob a alegação de terem um pacto com o diabo.


Em 1487 o dominicano Sprenger em seu livro Artes demoníacas incentiva a perseguição e execução dos artistas e satimbancos.
Em 1584, o inglês Reginald Scott publica o primeiro livro sobre mágica (truques) A desmistificação dos Segredos das Bruxas (The Discovery of Witchkraft). No livro ele explica como os truques funcionam e que tais artistas não tinham nenhum poder para normal e muito menos tinham um pacto com o diabo.


Para podermos entender o medo, admiração e respeito que a população da idade média tinha por tais artistas temos que nos lembrar que a nem muito tempo arte, magia, ciência, filosofia eram muito próximas e muitas vezes exercitadas pela mesma pessoa. A superstição era muito grande, e muitos sacerdotes, padres, clérigos aproveitavam tais truques para fortalecer a crença de seus seguidores.


Como exemplo podemos mencionar Alexandro de Abonitica, na velha Grécia, que era sacerdote e usava truques em seu templo. Ele transformava de um ovo uma cobra que num instante crescia. A cobra era enrolada e deixada em cima de umas pedras de onde respondia às perguntas dos doentes e crentes numa voz profunda e bem calma. Outro truque usado era o das portas dos templos que se abriam automaticamente quando as chamas do altar eram acesas.
Tais apresentações impressionavam e até hoje são repetidas de uma ou outra forma em inúmeros shows pelo mundo inteiro.